domingo, 24 de outubro de 2010

Incenso

Não sou mais o mesmo, não arrisco como arriscava antigamente...

Estou jogando trackmania como se fosse uma menininha. Freando onde não devo, jogado seguramente. Esse não sou eu, minha cabeça está uma confusão. Acendi um incenso, gosto do cheiro, não o fazia há muito tempo, tempo demais. Não me lembro da última vez que acendi um, tem cheiro de lavanda, seja lá o que isso seja. O caio me falou de espontaneidade, eu acho que faço as coisas melhor quando são espontâneas. Não gosto de fazer as coisas por que tenho que fazer. Tenho que ter uma inspiração, tenho que ter um motivo. Talvez isso seja ruim, talvez seja muito bom. Um dia irei reeditar este texto. Um dia... Mas hoje pelo menos estou fazendo isso para guardar para a posteridade esse momento em que me encontro um tanto confuso não sei o porquê. Poderia dar uma lista enorme de motivos, mas não sei ao certo se eles são a causa de minha súbita mudança de pensamentos, não pensamentos lógicos, mas pensamentos emocionais, a minha lógica esta intacta, espero eu, penso normalmente, mas o meu sentimento esta conturbado, não sou mais o mesmo. Ainda não foi nem 1/10 no incenso, tenho muito a escrever.

Gosto de escrever. Isso me faz um bom garoto. Consigo colocar tudo o que vem em minha cabeça para o papel, digitalmente digitalizado chamado e-mail/blog/txt etc. Quando converso com alguém, sempre penso demais. Não faço não pelo menos o tanto que penso e gostaria de agir, penso muito. Se algum dia eu já conversei com você é porque nesse dia eu provavelmente não estava com minha cabeça nas nuvens pensando em algo completamente mais inútil do o que você tinha a me dizer, desculpa, mas sou assim e não vou mudar, pelo menos não pretendo. Gosto do jeito que sou, sou bom, mas voltando ao assunto de escrever...
Escrevo bem, pelo o que as pessoas me falam, elas gostam, acho que realmente gostam porque são tão "danificadas" como eu, são assim, exóticas, são perfeitas. Como não tenho uma linha de pensamento resolvi mandar primeiro para um e-mail e depois reeditarei esse texto. Um dia, quem sabe, talvez. Mas dará muito trabalho, sou preguiçoso, não gosto de me esforçar, e reeditar um texto daria muito esforço. Estou olhando agora para o incenso, ele ainda esta no começo, não me deparo com mais nada em que possa me distrair e pensar em mais algo bonito ou decente para falar, as cinzas do incenso são brocha, elas se curvam à masculinidade da gravidade da terra. As cinzas são fracas, assim como aquele que falou que um dia todos irão voltar para as cinzas, acho pessoalmente uma mentira. Não viraremos cinzar, viraremos purpurina (Jamiro mais uma vez...). Estaremos entre as estrelas, viajando muito mais rápido do que a velocidade da luz, afinal, aquilo que esta mais rápido do que a velocidade da luz esta sem luz, então não podemos ver, é impossível, talvez seja realmente impossível algo ir mais rápido do que a velocidade da luz. Mas não acredito. Com certeza nossa alma quando morremos vai para algum lugar e não podemos ver a alma saindo, pois ela vai mais rápido do que a luz, mais rápido do que qualquer coisa que o homem possa inventar. Ela vai mais rápido do que tudo. Nunca chegaremos a intender isso, não tem como, o incenso ainda não chegou à metade, tenho muito a escrever. Tenho medo de um dia ficar repetitivo, assim como conheço muitas pessoas que são repetitivas. Odeio isso. Tento sempre inovar, não fazer a mesma coisa duas vezes, da muito trabalho, mas esse é um trabalho que gosto, como já havia dito, sou inconstante.

Não sei por que, mas sempre que escrevo o mundo parece que para. Não ha tempo, não ha nada, é apenas um nada, um monte de nada vagando por ai. Estou tonto. Minha cadeira balança. Estou quase caindo. Normalmente a minha cabeça sente o balançar, mas não hoje. Ela está parada, muito concentrada em apenas apertar teclas de teclado e ouvir barulhos por entre os fones da cadeira que não esta rangendo. Sou uma bagunça. Estou pensado em colocar no blog assim mesmo, mas como um grande amigo falou, vou manda-lo ler primeiro para ver se preciso realmente dar uma pincelada ou apenas o posto como sempre fiz. Acho que a beleza de minha escrita, se é que ela existe, está apenas na bagunça generalizada de meus pensamentos, de minha linha não cronológica de pensar, de retomar um assunto já concluído ou pensávamos que ele estava concluído. Posso ser grande, mas não serei, caso a grandiosidade chegue a mim, irei gastá-la, com explosões, fogo, fogos de artifícios, coisas que impressionam. Caso contrário, do que adianta a grandiosidade? Acho que quando ganhar na loteria, uma boa parte de todo o dinheiro será gasto assim, com coisas assim, fogo, brilho, excepcional, impressionante, mas não somos todos impressionantes, não somos todos fantásticos como deveríamos ser. Minha escrita não acompanha meu pensamento, penso muito rápido, acho que deveria parar, mas o incenso esta apenas na metade, ainda a muito a se falar.

Tenho um dragão no meu quarto, você tem um no seu? O meu nunca falou, nunca se mexeu, mas um dia, terei o poder, o poder de fazer tudo, o poder de dar vida a ele. Caso se perguntem, aqueles que já vieram em casa e conhecem o meu dragão, o incenso não esta dentro dele, pois fiz uma promessa a mim mesmo, não sei o porque, tenho que ver o incenso queimando, tenho que ver o quanto ainda falta espremer o meu pensamento a minha lógica para que eu chegue ao meu máximo sem uma conclusão, estou ficando distante, não tenho um foco. Talvez não seja preciso um. Talvez, eu não sei. O incenso é rosa, mas isso não é influência do Jamiro. Estou com saudades dele, mesmo que ele tenha vindo aqui em casa outro dia. Ele não sabe, acho eu, que reativamos o blog. Deveria, pois estou com saudades dele. Dobradiças são muito legais, elas nos permitem dobramos as coisas sem que elas sejam dobradas, é um "vácuo" no espaço físico, podemos dobrar e colocar o que quisermos lá, ela continuará assim para sempre, não mudará. Algumas pessoas acreditam em viagem no tempo. Não acredito do mesmo jeito que vocês, que podemos mudar o nosso passado, podemos mudar uma vertente, criar uma nova dimensão onde o passado que mudamos foi o que realmente aconteceu. Essas pessoas acham que se voltarem no tempo e irem para a mesma vertente elas continuarão sendo elas mesmas, tipo: “Eu sou idiota e vou voltar no tempo para acabar com a matemática.” Sem a matemática não teríamos a máquina do tempo e depois, se você matasse a matemática, iria apenas vir outro e criá-la, como um vínculo. Para a humanidade poder seguir em frente temos que tê-la. É algo complicado, apenas se vocês estivessem na minha cabeça, entenderiam.

Não sei explicar nada direito, mas vou falar disso antes que o incenso acabe. Acho que minha cabeça pula etapas, pois eu as considero inúteis. Minha cabeça é como uma linha onde tem tudo explicado direitinho, só que não quero que essa linha seja muito grande, pois sou preguiçoso. Coloco os conhecimentos mais básicos em gavetinhas só que quando explico para as pessoas eu pulo as gavetinhas porque eu acho que elas já sabem, mas elas não sabem e não me fazem a pergunta-chave para eu abrir as gavetinhas. Quando elas falam que não entendem, eu tento explicar tudo detalhadinho para elas poderem entender, ai elas acham que estou tirando uma com a cara dela falando que ela não sabe nada. Acreditem, isso já aconteceu comigo, Acho que o incenso apagou, ele esta bem pequenininho faz muito tempo, mas o cheiro ainda esta no ar, então ainda esta valendo. As pessoas gostam de mim, não sei por que. Não estou falando que não gosto que elas gostem de min, eu gosto muito, mesmo, mais de algumas do que de outras, mas isso é inevitável, não posso realmente deixar esse texto assim, tenho que "remenda-lo", mas deixa isso pra depois, talvez existam coisas aqui que não possam ser lidas, mas foda-se, eu não ligo mais, estou completamente aberto aqui.


*************** o caio editou , fikou bem melhor do q tava , agora da pra ler******************

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