Não dá para fazer alguma coisa
bem feita por muito tempo. É como correr, você corre por uns dez minutos e
antes disso já está morrendo. É como em algum jogo, você tem uma barrinha de estamina
e ela vai se acabando. Para cada coisa que você faz tem uma barrinha. Conforme
o tempo passa essa barrinha vai se esvaindo e você vai ficando um lixo nessa
coisa. Por sorte podemos fazer muitas coisas e para cada uma delas à uma
barrinha. Quando se cansar de correr pode descansar e comer alguma coisa.
Quando a barrinha da comida esgotar, pode ir jogar algum jogo idiota ou
conversar com alguém sobre qualquer coisa, depois que essas barrinhas acabarem
você volta pra casa e vai dormir, ou sei lá, pode ler um jornal ou qualquer
outra coisa antes de ir dormir. Talvez ficar na internet como um imbecil. O
problema disso é que às vezes a barrinha acaba e você nem se dá conta. Então é
como se você estivesse correndo sem perceber. Esse é o problema das drogas, na
verdade. Elas te amortecem e por causa disso você não sente que sua barrinha
acabou. É como se você continuasse correndo e correndo e correndo louca e
desgraçadamente por aí sem perceber que está sentindo dor, que os músculos da
sua perna estão produzindo ácido sulfúrico. Você simplesmente não percebe e
corre até se acabar. Alguma parte do seu corpo pifa. Se seu coração não pifar
suas pernas quebram, os músculos se dilaceram, sua pressão cai e você desmaia.
Mas que alguma merda dá, isso é inevitável de acontecer...
Quando você vive em uma monotonia
isso significa que você vive alternando entre as mesmas duas ou três barrinhas,
isso também é um problema porque elas estarão sempre em baixa aí você começa a
pensar que o que está em baixa é a sua vida. Mas a barrinha da vida é bem mais
duradoura do que a dessas porcarias que você pode andar fazendo por aí... Por
isso é bom termos o máximo de barrinhas que pudermos, alguém assim nunca está
de saco cheio ou com tédio.
Caramba, virou mó reflexão isso
aqui, e eu só queria reclamar!
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