quinta-feira, 13 de julho de 2017
fiquei com preguiça de terminar mas vou postar mesmo assim
Ela era formosa. Dropava dragões invertidos enquanto corria fornida pelas pradarias virtuais. As folhas das árvores cibernéticas balangavam soltas pelo espaço-tempo. Um sussurro grave se fazia ouvir quase imperceptível. Ele vinha das montanhas que barravam as tsunamis no vento que soprava forte e implacável por toda atmosfera. Em seu cume, dragões unicórnios prateados lancinantes em cujos chifres haviam amarradas as cordas do balanço que sustentava um casal de namorados, cuspiam fogo congelado pelo tempo. Eles balançavam preguiçosamente à sorte do vento e do tempo. O sussurro cantarolava timidamente cantigas nóricas da era medieval. O casal de polvos enamorados, entrelaçados de tal forma que não era possível saber que tentáculo era de quem, estavam paralisados eternizando o momento. Ela fazia piruletas mágicas enquanto os dragões voltavam no tempo. Eles ouviam as canções nórdicas de trás para frente, parecia uma ciranda épica. Satanás observava tudo, escondido atrás de uma árvore. As borboletas causavam inveja nas folhas secas e mortas que se desprendiam das árvores e cujo destino era a decomposição. Satanás morria de vontade de apanhá-las no ar. Seu pelo branquinho refletia o sol, ofuscava quem o olhasse diretamente a quilômetros de distância.
Mandrágoras cresciam lentamente enquanto o leito do rio de leite transparente exibia o ritual amoroso dos baiacus amarelos. Eles amorteciam a marola causada pelo maromba que nadava desengonçado. Desgovernada, uma mula descia a ribanceira ao longe. Ela,sonâmbula, sorria e sonhava com o saudoso sorvete de salame. Satanás via tudo de soslaio. A mula observava seu trajeto cuidadosamente com seu monóculo enquanto deduzia cada movimento a partir da análise metódica de cada desnível do solo. Os baiacus, em êxtase, rebatiam de volta toda marola do maromba maroto, que observava tudo muito intrigado. O farfalhar do trigo ao trote dos três trasgos troncudos que trajavam trapos, trazia os trevo a gargalhar.
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